segunda-feira, 20 de abril de 2015

KIR & TUILERIES


Jardin des Tuileries e
Pavillon de Flore (Louvre) - Paris

quando
(onde)
uma dor

se esconde
resta
um amor

quando
(onde)
o amor
se recolhe
resta
uma dor

quando
(onde)
o amor
se entristece
resta
(ainda)
uma dor

quando
(onde)
uma dor
não se despede
(só) resta
dor

quando
(onde)
o amor
espera
resta
amor
resta
dor

quando
(onde)
a espera
tarda
resta
amor

quando
(onde)
a espera
seca
(não) resta
amor
(reflorestamor)

quando
(onde)
um (outro) amor
floresce azul
resta
a esperança

quando
(onde)
a esperança
engana
(mas não se cansa)
resta
tempo

quando
(onde)
o amor é tempo
resta
o corpo
(ainda)

quando
(onde)
o tempo é corpo
(nos jardins de catarina em flor)
resta
o amor
desfolhado
em cor

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Viviane C. Moreira

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